Conheça 5 embarcações do Brasil da 2ª Divisão Naval que participaram da Batalha do Riachuelo.
A Batalha Naval do Riachuelo, ou simplesmente Batalha do Riachuelo, travou-se a 11 de junho de 1865 às margens do arroio Riachuelo, um afluente do rio Paraguai, na província de Corrientes, na Argentina.
Essa é considerada pelos historiadores militares, como uma das mais importantes batalhas da Guerra do Paraguai, que decorreu entre 1864 a 1870.
A Força Naval Brasileira Era composta de 11 navios, mas no dia da batalha contava só com 9. A força era formada pela 2ª e 3ª Divisões da Esquadra.
A frota composta de nove navios de guerra estava armada com 59 bocas de fogo, levando a bordo 1 113 fuzileiros navais e 1 174 soldados do Exército Imperial. Somavam um total de 2 287 homens. Seu comandante em chefe era o Almirante Francisco Manuel Barroso da Silva.
Conheça agora as 5 embarcações da 2ª Divisão Naval brasileira, que participaram da Batalha Naval do Riachuelo.
A Fragata Amazonas.
A Fragata a vapor Amazonas, foi a quarta embarcação da Marinha do Brasil a utilizar este nome que homenageia ao Rio e Estado do mesmo nome e capitânia de flotilhas.
A embarcação foi um importante navio na Guerra do Paraguai, quando teve Elisiário Antônio dos Santos como seu comandante, participou da Batalha do Riachuelo e na tomada do Forte de Santo Inácio de Tamandaré.
Foi desta embarcação que o Almirante Barroso ordenou a transmissão por bandeiras para os navios combatentes brasileiros das célebres frases: "O Brasil espera que cada um cumpra o seu dever". "Atacar e destruir o inimigo o mais perto que puder". "Sustentar o fogo que a vitória é nossa".
A Corveta Parnaíba.
A Corverta Parnaíba, foi um navio de guerra da Armada Imperial Brasileira que atuou na Batalha Naval do Riachuelo. Era um barco misto propulsionado por motor a vapor e por velas. O seu motor a vapor possuía uma potencia de 120 h p, que impulsionava uma hélice de popa, permitindo alcançar uma velocidade máxima de 12 nós, deslocando 600 e duas toneladas.
Era um navio tipo corveta, equipado com 1 canhão de 70 libras, dois canhões de 68 libras, e quatro de 32 libras. Sob o comando do capitão e tenente, Aurélio Garcindo Fernandes de Sá, o Parnaíba se juntou ao Amazonas na perseguição aos navios inimigos restantes que partiram em fuga rio acima, participando ainda do assalto ao Salto Oriental, que culminaria em seu colapso e afundamento após ser abalroado pela fragata Amazonas.
A Canhoeira Mearim.
O Vapor Mearim, foi um navio de guerra canhoneiro da Armada Imperial Brasileira que foi utilizada na Batalha Naval do Riachuelo. O Navio de propulsão mista (motor a vapor e vela), com casco encouraçado, possuía uma maquina a vapor com uma potência de 100-h p, que impulsionava a sua hélice de popa. As suas dimensões eram de 45,72m de comprimento, manga de 7,01m, e pontal de 2,28m. Deslocava 415 toneladas e era equipado com 4 canhões de 32mm, e 2 canhões de 68mm.
Sob o comando do Primeiro-Tenente de Marinha, Elisiário José Barbosa, O Mearim participou também da Batalha de Paso de Cuevas, ocorrido em 12 de agosto de 1865 e de outras ações durante o conflito. Finalizada a guerra, o navio brasileiro continuou em operação, tendo em 1873 transportado o capitão de fragata, Tomás Pedro de Bittencourt Cotrim, encarregado de efetuar estudos para sinalizações na costa de Santa Catarina.
A Canhoeira Araguari.
O Vapor Araguari, foi um navio de guerra da Armada Imperial Brasileira que atuou na Batalha Naval do Riachuelo. O Vapor Araguari era um navio de propulsão mista (a vela e a vapor) cuja maquina a vapor tinha potência de 80 h p, que impulsionava uma hélice de popa, o que lhe permitia alcançar uma velocidade de até 9 nós. As suas dimensões eram de 44,2 metros de comprimento, 7,4 metros de largura, e 2,6 metros calado. Deslocava 400 toneladas e era equipado com duas baterias de artilharia separadas: uma com 2 canhões de 32mm, e outra com 8 canhões de 68mm. A sua tripulação era de 77 marinheiros.
Sob o comando do Primeiro-Tenente de Marinha, Antônio Luís von Hoonholtz, O Araguari foi o primeiro navio a levar esse nome em homenagem a uma cidade de Minas Gerais e um rio no Pará, tendo sido construído em estaleiros na Inglaterra junto com os seus navios gêmeos, o Araguaia, o Iguatemi, e o Ivaí.
A Canhoeira Iguatemi.
O Vapor Iguatemi, foi um navio de guerra da Armada Imperial Brasileira, tendo atuado na Batalha Naval do Riachuelo. Foi lançado em 1858 e possuía uma tripulação de até 77 homens. Era impulsionado por um motor a vapor com potência de 80 h p, que impulsionava uma hélice que lhe permitia alcançar uma velocidade de até 9 nós. As suas dimensões era de 44,2 metros de comprimento; 7,40 metros de largura, e 2,6m calado, com deslocamento de 400 toneladas. Era equipado com 2 canhões de 32mm, e 8 canhões de 68mm.
Sob o comando do Primeiro-Tenente de Marinha, Justino José de Macedo, Em 11 de junho de 1865, participou junto dessa esquadra da Batalha do Riachuelo, em Corrientes, na Argentina. A batalha ocorreu na manhã daquele dia após uma tentativa frustrada de assalto surpresa da esquadra paraguaia em frente daquela cidade.
Na sequência, a batalha foi estendida até um pequeno afluente do Rio Paraná, chamado Rio Riachuelo, e lá tiveram novos embates. Além de enfrentar o fogo dos navios paraguaios, a frota brasileira ainda enfrentou tropas de artilharia paraguaia, que estavam às margens do rio atuando em ataque coordenado com a frota paraguaia. Ao fim da batalha, a esquadra paraguaia sofreu severas perdas e os navios que não afundaram ou encalharam, ou se evadiram rio acima.
A vitória foi decisiva para a Tríplice Aliança, que passou a controlar, a partir de então, os rios da bacia platina, até à fronteira com o Paraguai, garantindo todo o apoio logístico às forças de terra e bloqueando qualquer ajuda ou contato de López com o exterior.
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